Eu me acho

É o que muita gente fala pra mim: que eu me acho. E, em vários aspectos da minha vida, é a pura verdade, porque eu sou mesmo convencida.

Por exemplo, eu me acho A dançarina. Lá na minha aula de dança, me sinto o must. Na faculdade, também, eu me achava A jurista; não tinha pra ninguém. E, em família, me sinto A argumentadora e quero convencer todo mundo que meu ponto de vista é o melhor.

Tem mais coisa, a lista não se resume a esses pontos que indiquei. Mas, em comum a todos eles, só o meu próprio devaneio. Porque sei que não sou uma grande dançarina, ou a mais brilhante acadêmica de Direito, ou que meu ponto de vista é sempre imbatível e o único correto. Mas, quando a gente tá se achando, a gente não é racional. Eu me sinto a melhor e pronto, mesmo que as evidências esfreguem na minha cara que não é nada disso.

Talvez seja por isso que “alguém que se acha” é um trocinho tão irritante. Porque dá logo vontade de dizer: “cê não se enxerga não, rapá?!?”. Mas, ainda que a gente mande essa pro sujeito, será em vão, ele não vai se tocar. Porque ele tá lá na ilusão dele… ô, ráios, ele tá lá se achando, né!

Bom… mas existe o cara que é muito bom mesmo, sabe disso e não vê necessidade de usar de falsa modéstia. Esse não se acha, ele tem certeza. E aí? A gente se irrita também com uma coisa dessas? Normalmente sim. Mas, putz, por que isso incomoda? Afinal, o metidão não tem mesmo todo aquele talento?

Incomoda, porque a modéstia, de verdade, nunca é falsa. Por melhor que a gente seja em alguma coisa, por mais talento que a gente tenha, sempre teremos alguma limitação. E modéstia não é isso, reconhecer nossas próprias limitações? Então… a pessoa pode ser muito boa, mas tem que manter a humildade; senão, incomoda.

O mais difícil é identificar quando é falta de humildade ou quando é, apenas, reconhecimento do que se é capaz. E parece que aí cada um sente de jeito diferente. Um amigo diz que “não existe escala absoluta para os sentimentos”. Aí, o que parece uma pessoa super esnobe e metida pra você, pra mim não é. E eu posso admirar uma pessoa que é convencida e outro detestá-la, simplesmente porque não aguenta a falta de modéstia da dita cuja.

Nos meus contatos pessoais, sempre sou, num primeiro momento, vista como antipática. Parei de contar as vezes em que me dizem “poxa, você é tão legal… mas, quando te conheci, te achei um nojo”. Então, a explicação só pode ser essa: Eu me acho!

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Amanhã, a barriguda mais gostosa de toda a blogosfera, vai desbarrigudar! Quer ver uma coisa que Engraçadinha – e Engraçadão, é claro! – sabe fazer é filho. Caraca, Pacotinho, sua primeira cria, é a coisa mais linda e estilosa e cheia de personalidade que se tem notícia! Confira as fotos lá no blog da mãe-coruja! E, agora, vem aí mais um menino que, a que tudo indica, será lindo demais também.

Amiga, estou em espírito de oração por você, por seu bebê e por toda sua família. Vai dar tudo certo, todos nós sabemos. Te amo!!!!

 

 

 

Published in: on 26 julho - 2007 at 12:26 pm  Comments (15)  

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15 ComentáriosDeixe um comentário

  1. Entendi seu ponto de vista… mas o post ficou confuso… rs

    Claro!!! Você ficou o tempo todo me atrapalhando enquanto eu escrevia!!! Humpf!!!

  2. Eu não acho que você se acha… Nunca te vi contando vantagem nem nada… Aliás, acho você uma pessoa tão supimpa!!!

    É porque você ainda não me viu de perto.

    🙂

    Opinião é que nem [insira qualquer palavra aqui], cada um tem a sua. Às vezes você pode achar uma pessoa o cúmulo do “tássia” [tássiachando], e outra pessoa acha que o fulano em questão é legal… O cerumano tem esse ótimo costume de pensar diferente, ufa! 😉

  3. Oi Claudinha… É bom se achar, pq se a gente não se achar que vai achar a gente????
    Se achar faz parte…

    É isso aí!

    Bjsssssss

  4. Eu só ataco de arrogante quanto quero irritar.;0)
    beijos.

    Bom… eu também, hehehehehe…

  5. Sentimento é um troço complicado mesmo… não dá pra medir… cada um sente do seu jeito…

    O Vina é O filósofo! Huahuaahahauahauha…

  6. Eu tb me acho pra caramba: burra, feia e chata!

    Não concordo, não concordo e não concordo!!!! 😦

    HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

    Ah, sei lá, eu acho que o que falta nas pessoas é um butãozinho do foda-se, do Tô cagando e andando pro que vc acha ou deixa de achar de mim. A gente se preocupa demais se tá agradando ou não e esquece de que temos que agradar basicamente a nós mesmos, antes de agradar aos outros!

    Estou na torcida tb por Engraçadinha, apesar de nem conhecê-la, mas já ouvi mto falar dela! Baby-blogger na área!

    A Engraçadinha é tudibão!!! Amanhã ela já está com Cotoco nos braços.

    \o/

  7. Como diria um sábio chinês que conheci num boteco aqui perto: “Quem muito se acha, no fundo, perdido está.” E não é que, em muitos casos, faz sentido esse pensamento? Principalmente no caso de muitos governantes daqui…

    Tá sem sono também? hehehehehe… mas o sábio chinês sabe das coisas…

  8. Claudinha,
    Eu já me achei mais. A gente vai amadurecendo, levando algumas cacetadas, a bola baixa um pouquinho, ficamos um pouco mais humildes, menos arrogantes. Só que quando a gente se acha, é muito difícil não demonstrar, por mais que se queira. Se olharmos pelo ponto de vista do que isso traz em termos de segurança pessoal, não é de todo ruim.

    Ah, sim… uma postura de “pessoa segura” é um fruto bom. Já me disseram que transmito essa imagem.

    Beijo

  9. Eu acho que a modéstia é o sentimento mais sem sentido que existe. E a arrogância é apenas condição natural de quem acredita em si mesmo. Ora, pois se eu gosto de quadros do Van Gogh, é LÓGICO que eu acho que quadros do Van Gogh são melhores que todos os outros. E é LÓGICO que eu acho que quem não gosta de quadros do Van Gogh tem mais é que procurar a luz depressa.

    Tolerância cultural é o cambau. Eu gosto mais das minhas idéias e pronto.

    Ai, ai…

  10. Bom, eu sou do tipo que sei que tenho qualidades, mas minha auto-imagem não é das melhores, então eu geralmente acho que vou me ferrar!
    Pior do que uma pessoa que se acha, é ver uma pessoa que sabe que não é nada, tentando mostrar pros outros que é alguma coisa! Pior do que pessoas esnobes, são pessoas que tentam mostrar algo que não são, na verdade.

    Isso é triste mesmo…

    Eu sou da seguinte opinião: mais importante do que vc se achar algo, é vc ser reconhecida por outros por aquilo que vc é! Acho que o que nos faz sermos ainda melhores, é quando os outros reconhecem nossas qualidades, não a gente fica se autopromovendo.
    Eu, por mais insegura que seja, não transpareço muito isso. Então as pessoas acabam achando que eu sou a pessoa mais segura de si da face da terra! Mas… não é bem por aí que eu vejo as coisas!
    Enfim… esse seu post dá pano pra manga, hein?!?!

    Verdade… é assunto pra não acabar mais!

    Beijinhos, e bom findi!!!

  11. Bem, não acho que “se achar” é o seu caso. Você tem opinião, a expõe e a defende. Isso, no entanto, não te faz achar acima do bem e do mal.

    Isso não… na verdade, é bem difícil eu me aborrecer porque alguém não concorda com minhas idéias.

    Agora, eu tenho pra mim seguinte: a pessoa que se acha e faz questão de mostrar suas supostas qualidades pra pessoas, na verdade, está o tempo todo tentando provar pra ela mesma que ela é algo que valha a pena.
    Agora, o povo bom mesmo se tem certeza!, haha

    Vamos ter certeza então!!! Hauahauhau…

  12. Pois eu adorei você de cara! No primeiro contato lá pelo msn…
    E você tem mais que se achar A dançarina, afinal até carimbó está na sua lista!

    Huahauahuahauahua… ninguém me segura no carimbó!!

    =**

  13. Com certeza, a questão é muito mais relacionada a humildade do que à modéstia, pra mim.

    Nesse caso, acho que vc pede desculpas demais pra alguém que diz se achar tanto, hehehe!

    Huahauhuhaua… eu não consigo controlar!!!

    Mas, se vc se acha mesmo, então é grande a chance de eu desgostar de vc, hein! O.o

    Ai, Pogodom… 😦

    Beijo!

  14. Você falou a coisa certa! O problema do “achismo” é a falta de humildade. É preciso humildade para reconhecermos que nós temos nossas virtudes, mas também temos nossos defeitos.
    Ah! Muito obrigado pelo aval para publicar a receita do Danoninho. Agora eu vou tentar encontrar uma data para encaixar o post… O MyCat garante que haverá respeito aos direitos autorais.

    Você já fez a receita? Espero que goste… 🙂

    Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!

  15. Ah, ah, já ouvi essa frase também, de que eu sou legal, mas quando me conhecem me acham antipática! Mas, quanto a se achar, fico sem graça quando me elogiam, porque conheço minhas limitações. Por outro lado, acredito que cada um é especial naquilo que é e no que faz.

    Esse equilíbrio é difícil, né?

    beijo,menina


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