Amor pela teoria

Sempre fui uma aluna inconstante, tirando notas máximas nas matérias de minha preferência e redondos zeros nas que não gostava. Não tinha meio termo e, no final do ano, lá estava eu precisando de muita nota pra passar de série.
Acabei por me destacar na faculdade. Estou num curso que só tem “matérias preferidas”. Não… isso não é totalmente verdade… teve filosofia… teve direito do trabalho… mas, até nessas, não fui completamente mal. E fui… er…. como dizer… brilhante nas demais (ai, quanta modéstia!).
Mas, isso não quer dizer que gosto de estudar. Não mesmo! É uma coisa quase impossível pra mim. É uma tortura ter que sentar e estudar qualquer coisa. Gosto de prestar muita atenção quando falam sobre assuntos que me interessam. Gosto de ler sobre coisas que me interessam. Dei sorte de estar cursando uma faculdade que praticamente tudo me interessa muito.
Só que, no fundo no fundo, queria ser uma estudiosa. Seria maravilhoso! Queria ser teórica também, como meus amigos físicos. Queria me aprofundar muitíssimo em determinado ramo do Direito, como alguns professores que tenho e que admiro muito. Queria ter propensão à carreira acadêmica, como certos poetas amados.
Só que já vi que a teoria não é pra mim. O rumo que minha vida tomou me leva, invariavelmente, à prática. Tenho que SABER pra FAZER. Tenho que saber fazer, só isso que me cabe. Então, fico aqui com minha invejinha desses que estão se preparando para formar o conhecimento que os futuros estudantes irão sorver. Invejinha do bem, se é que isto existe. E fico aqui, parasitando esses meus amigos estudiosos, parasitando de levinho, como uma orquídea, pra não secá-los jamais.
Published in: on 31 julho - 2006 at 12:32 am  Deixe um comentário  

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Foténhas de links virando gente, sábado passado, em pleno Méquidonaldis do Largo do Machado, Rio de Janeiro.
Published in: on 26 julho - 2006 at 10:02 am  Deixe um comentário