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Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto
Vim achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
E eu quem dava o nó
Eu lembrava de nós dois
Mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia
E segui a procurar
Esse algo, alguma coisa
Alguém que fosse me acompanhar
Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar
Vem eu sei que tá tão perto
E por que não me responde
Se também tuas esperas
Te levaram pra bem longe
É longe esse lugar
Vem nunca é tarde ou distante
Pra te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós
(Que se danem os nós –
Ana Carolina e Totonho Villeroy)
Obrigada por me ajudarem a desatar alguns nós.
Beijos.
Published in: on 29 dezembro - 2005 at 12:56 pm  Deixe um comentário  

“O que é uma escova progressiva?”

Queridos, a felicidade é desse mundo! Se você é um cético que não acredita nisso, dê uma olhada nos comentários do post anterior. Ali encontramos dois seres bem-aventurados, felizes, que não conhecem as agruras do cruel mundo da cosmética capilar.

Sim. Arno e Tamia não sabem o que é uma escova progressiva! Eles ainda não tiveram contato com o que de pior a maldade humana pode conceber. Tamia principalmente, linda e jovem, não precisou tomar ciência deste instrumento de tortura imposto a nós, afro-descendentes, pelo Império dos Cabelos-Lisinhos-Como-Uma-Tábua. Ah, gente, isso é maravilhoso!

Bem… a fim de não deixar a pergunta do meu querido karateca sem resposta (saudade, meu lindo!), vou descrever de maneira breve o que é uma escova progressiva.

A escova progressiva é um processo químico usado para alisar cabelos. É um produto que contém um tanto de queratina, mas o que dá o efeito lisinho-pra-sempre aos cabelos é a quantidade de formol que tem na fórmula.

Assim, você vai em um cabeleireiro e este [sádico] profissional aplica a geléca em suas madeixas. Em seguida, ele seca seu cabelo, fazendo uma escova comum (quer dizer, com uma escova redonda, o cabeleireiro estica seu cabelo e seca com um secador).

Nessa hora, a esforçada afro-descendente já está quase sufocando, porque o calor do secador faz evaporar a tal mistura de formol e queratina, envolvendo a vítima com uma densa névoa que faz arder todas as mucosas existentes do pescoço para cima. Não vamos mencionar, com o fito de poupar suas mentes, o que se sente no couro cabeludo quando este entra em contato com a gelequinha.

Continuando… finda a escova, o laboroso personal hair style saca de sua prancha (conhecida também como chapinha) e começa a alisar o cabelo da cliente, tomando o cuidado de dividir o cabelo em mechas finas. Mais névoa, mais ardor dos olhos e do nariz, choradeira e couro cabeludo queimado. E, fim.

Quer dizer, não exatamente o fim. Porque esse produto tem que ficar três dias em seu cabelo. Não se pode lavar, não se pode prender o cabelo e tem-se que tomar cuidado para, ao dormir, não deixar os fios embolados embaixo na cabeça. Passados os três dias, aí sim, voltamos ao salão, lavamos a cabeça, faz-se nova escova (!) e, finalmente, estamos poderosas, com os cabelos lisérrimos. Aff…

Meus queridos, foi disso que me livrei. Agora, meus cabelos estão enroladinhos, quase como Deus os fez (o que poderá, em breve, ser conferido nas fotinhas do orkut). Espero, sinceramente, nunca mais passar por isso.
Published in: on 26 dezembro - 2005 at 12:10 pm  Comments (3)