– Você nem imagina quem encontrei quarta-feira, na academia.
– Quem?
– *malícia pura* O Jorge…
– Hã?
– O Jorge! Aquele filho-da-puta que andei saindo na época da faculdade!
– O Jorge?!?! A “divindade hindu reencarnada”, como você mesmo dizia?!?!?
– Ele mesmo.
– *olhos arregalados* Meu Deus! E aí? Como é que ele está? Ainda é aquilo tudo?
– Bem… é um quarentão charmoso, bonito, jeitão de rico. Aff… nem acredito que já se passaram tantos anos…
– Caraca! Mas, você falou com ele?
– Claro! Aliás, ele veio falar comigo.
– Sério?!?!? Me conta, droga!
– Ele me reconheceu e veio falar comigo. Lembra que, logo depois de formado, ele mudou daqui? Pois é… me falou que está esses 17 anos nessa outra cidade, casou, mas que já se separou. Está aqui de férias, a passeio, visitando a mãe.
– Aff… *ar sonhador* aquele homem era a alegria da mulherada na época da faculdade.
– Você não me engana, vaca! Aposto que também saiu com ele!
– Hã, eu? Saí nada! Mas, me conta tudo!
– *desconfiada* Bom, o papo foi rolando, ele perguntou de mim. Falei que também casei e que também separei. Perguntou do trabalho, falei um pouquinho, patati patatá. Daí, ele falou que eu estava ótima, que não tinha mudado nada, continuava com o mesmo rostinho. Hahahaha… deixe-me rir!
– Não exagera! Você se cuida, ainda nem chegou aos 40. É claro que você está ótima.
– Tá, tá… Sei que a conversa foi se estendendo, a gente foi falando do passado, bons tempos aqueles, coisa e tal… “lembra disso?”… “lembra daquilo?”… Por fim, o cara lembrou daquele fatídico dia em que ele apareceu com duas barangas ao nosso encontro. Hahaha… demos umas risadinhas, tudo muito educado. Nem chamei ele de filho-da-puta.
– E?!?!?
– E aí ele me chamou pra sair. Vê se pode? Disse que estava em dívida comigo. Que eu não podia negar essa chance a ele. Nada demais, sem pressão: a gente saía pra jantar, talvez dançar um pouco, essas coisas. Eu disse que não podia, estava sem tempo, muito trabalho. Ele insistiu, mas propôs um cinema, talvez fosse melhor, coisa de amigo. Aí eu disse que sim, tudo bem, vamos ao cinema. Na despedida, ele me beliscou… na cintura…
– Menina! Que máximo! E quando vai ser?
– Já foi…
– Já foi?!? E o que rolou?
– Rolou nada.
– Nada?!?!? Não acredito!!!!! Por que, mulher de deus?!?!?
– Você tá doida? Cara, é o Jorge! O JOOORGE, tá ligado? Você acha que eu ia expor minha figura pro sujeito?
– Que isso?!?!? Você é que tá maluca! Você já saiu com outros caras depois de separada, nunca está sozinha, tava namorando até bem pouco tempo. De onde saiu esse complexo agora?
– Fala sério, amiga! Nada a ver! Ele me conheceu gatinha, meu amor, com vinte aninhos! Tá doido eu exibir meu corpixo de 37 pro bofe! Muda tudo: a pele, o formato do corpo, tudo, tudo! Sem chances… As comparações seriam inevitáveis.
– *pensativa* É… olhando por esse prisma…
– Mas, foi bom, me vinguei.
– Se vingou?!?
– É… cheguei no cinema com duas amigas… hahahahaha
– Hahahaha… Que filha-da-puta! hahahahaha
– É… Sou mesmo! hahahahahaha
(Postado pela primeira vez em 11/01/06)
Essa história do Jorge deu pano pra manga. Começou com um texto da Eva – tem link lá em cima – Poeta Matemático, Arno e eu resolvemos fazer nossas versões. Foi muito divertido imaginar o antes e/ou depois.
Adoreiiiiii Mamy!!
Banheiro feminino mesmo!
Bjo!
Eu fico imaginando o que faria se a mina chegasse com duas amigas num encontro. Hm… hahahahahahaahha
E não pude deixar de reparar no amor entre as “amigas”, hein!
Foi uma boa idéia.
Hahahahaha, eu lembrava dessa história do Jorge… Jorge, Jorge… ai, ai, ai!
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Boiei!
Ah, que se dane, eu pegava….ahahhah
rsrsrsrsrsrsrsr*…. Mulheres!
beijos, querida e uma ótima semana
MM
Hum…
Vingancinhas femininas são ótemas!
Ainda mais quando o bofe merece!
mamãe, como ce conta bem estorinha! caraca!
pra mim ce dava pra escritora, sem fazer força, cara.
bjus
dóro isso aqui.
Ah, Jorge. Tantas cosas debo decirte.
E direi, e direi.
Que legal, gostei do texto!
Boa a história!
bjs